sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Visões do outro lado


De um tom sombrio para um mais claro e então novamente sombrio...
Os dias vão passando tão rapido... Contar é um mero detalhe.
Olhos refletindo o céu de uma noite fria. As roupas balançando com o vento... E o silêncio. O calor na face e as mãos geladas... O corpo todo esperando um sinal de iniciativa.
Uma cena familiar. O coração palpita...
A mente aberta num adormecer consciente... eu vejo...
Completamente abandonadas, mas não tão sozinhas assim.
Você espera pela salvação e se perde em seu próprio labirinto de exigencias... Teme a dor que mais cedo ou mais tarde virá... E a si mesma... E o passado, imaginando se a chance já não foi perdida... Por que provavelmente já foi...
Os sentimentos não morreram. Permanecem trancados numa caixa de Pandora de onde, vez ou outra, um grito escapa dizendo exatamente o que você não quer ouvir...
...E com o peito apertado apenas tenta dormir...
E você, com suas fracas mãos, tenta segurar um ultimo fio de esperança... Desculpa-se para aliviar a dor sem nunca tratar a real doença... É cruel demais para encarar, não é? Admitir que não irá longe... Assumir o parasitismo e o masoquismo de uma existencia doente e sem propósito... Sem forças para fazer qualquer coisa por si mesma.
Apoia-se nos amigos fazendo-os de muletas para uma vida psicoemocional invalida... Que patético... Que dependencia patética... Que imagem feia...
Abandonadas, mas não tão sozinhas, enfim...
Assim algumas pessoas são.

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