quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Olhos fechando

Minha capacidade de descrever as coisas e tatear no escuro da imaginação até fazer surgir a luz sem virgulas que se misturam com a musica que não para de tocar sob a lua cheia que está vindo lá de forma enquanto aqui dentros meu pais dormem e não posso tocar violão fazem com que meu pé se irrite e eu sinta ainda mais fome.
Meus sonhos são estranhos e envolvem a compra de um enorme castelo que acabarei usando para dar uma das minhas mais revolucionarias festas que servem basicamente como algum tipo de desculpa esquisita para satisfazer uma parte do meu alterego.

...se é que isso realmente existe...

Então deixo de lado toda essa ladainha que envolve a minha mente sonada e misturo palavras e pensamentos sem qualquer motivo ou razão.

...será mesmo?

Percebo que nem mesmo por um instante deixo de duvidar e questionar as inumeras patéticas nuances sem sentido da realidade subjetiva que nos cerca como se fosse encontrar em materia a resposta que por tantas vez ja confrontei em um prato de sucrilhos que pinga do teto como uma lampada queimada que precisa ser trocada pelo cachorro medroso que não faz nada além de latir.

As informações contidas em algo tão sublimemente vago se transformam em um dicionário de japones que fatalmente dará conta de esfaquear o antigo prato de vidro.

Enfim...

A falta de desejo de explicar o que ocorre em meu interior é facilmente justificada pela afirmação de que não tenho vontade alguma de encarar o que definitivamente já sei e que facilmente determina o meu comportamento atual.

E ao te dar a chance para falar o que quiser percebo no fundo dos seus olhos a insegurança do ego que não ousa se arriscar por nada e que fatalmente não me satisfará mais do que cinco longos minutos como cobaia humana em um experimento comportamental que acima de qualquer propósito serve para expressar silenciosamente a minha falta de confiança e desprezo pelo que julgo ser fraqueza na existencia alheia.

Na simples dualidade de tudo que acaba sendo uma coisa só me perco em distrações banais que servem apenas como valvula de escape enquanto não encontro saída mais eficiente para a completa nulitude.

Satisfeito por estar sempre insatisfeito e vice-versa...