quinta-feira, 24 de setembro de 2009

O Segredo


O segredo é esquecer...
Deixar o passado passar e lavar a alma de tudo aquilo que ficou pra trás.
Deixar morto sob as areias do tempo as mais inuteis lembranças de tudo aquilo que nunca importou.
Afinal, o que realmente importa? Já que o segredo é...
O segredo é nunca sentir...
Mergulhar em um oceano infinito de profunda indiferença.
Margeado pelos horizontes de um racionalismo sem igual.
Ou completamente comum!
Afinal, o que é diferente? Já que o segredo é...
O segredo é discordar...
De todos, de ninguem, de si mesmo inclusive.
Não concorde, nem discorde... muito pelo contrário.
Afinal, o que realmente é verdade? Já que o segredo é...
O segredo é ser secreto...
Misterioso como a própria vida e o próprio universo.
Paradoxal como todo humano. Irracional como todo humano. Confuso, vazio, enfim...
Afinal, o que realmente é ser humano quando o segredo é...

sábado, 19 de setembro de 2009

MERGULHO


Me Afógo Em
Teu AQUOSO Fogo
Adorador Visceral
Desse Molhado jogo
De Mergulhar Primal

Viciado Aditivo
Paladar Da Função
Gustativo Olfativo
Vertigem Tensão
Pausando o Respirar

Evocador Animal
Da Caverna Anelar
Contorcer Serpentino
Lamber Masgistral
Sugar Prodigioso
Resplandescente
Petalar Espiral

De Doce Essência
Morder-te a Maçã
Suguei-te a Semente
Em Celebrear Noite
Até Brilhar NO AR
Esfera Iridiscente
Estrela-da MANHÃ

Qatrifólio Rubí
Ardiloso Macio
Quente Mediterrâneo
Saboroso Cio
Preencher Envolvente

Melada e Brilhante
Atração Repulsão
Armado Berilo
Côncava Pérola Côncha
Da Lingua Irmã

Rica e TENRRA
E faz Delirar
Que em mim Destila
Seu Sabor de MAR

Em Cego Clarão
Colérica e QUENTE
Feminina Me Atrai
De Lábios Ardentes

Transbordando de Ti
Sorvendo a Essência
Dessa Estonteante Fonte
De Intimidade
Da Beleza Fêmea

Por Mais um VEZ
Degustação Divina
Abater Envolvente
Linguagem ESGRIMA

Obcecado em Ter-te
Contraindo entre As ASAS
Borboleta Rosa
Com Sabor de FADAS

Bailado De Pétalas
Que Acre Fascina
Com Melada Trama
Boreal Tesouro
De Prazer Piscina

A Me Empreguinar Presas
Submersa DAMA
OLEOSA TEIA
Que SEMPRE ME CHAMA

DEMORADA CEIA
De Púbico Atrito
QUE de ODOR Me PERMEIA...
Com A BOCA ENTRE as VERGAS
De UMA MENINA!

QUE NA VERDADE!
É UMA SEREIA!!!

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Parabens pra você


Sim! Eu consegui!
Não é de todo verdade que eu odeio aniversários... mas também não é de todo mentira.
No meu, o que mais me incomoda são as inumeras ligações e tudo mais.
...Se pelo menos me dessem parabens em todos os outros 11 aniversários do ano, mas cismam e fazer isso só no dia em que nasci dessa vez...
Tenso... eu passo...
E uma vez decidido a não ouvir nenhum parabens no decorrer no decorrer das 24 horas, comecei a buscar na interner alguns sortilégios...
Minha aventura começou aqui.
Quando o relógio beirava as 4 e pouco da manhã do dia do meu aniversário, decidi que estava tarde demais para dormir e cedo demais para sair de casa. Encontrei um material estranho a respeito de portais e outras passagens para o astral... um bem peculiarm por sinal, envolvendo o guarda-roupa!
Você deve estar se perguntando o que o Plano Astral poderia ter a ver com a minha aversão a congratulações de aniversário... mas se parar pra pensar um pouco perceberá que a maneira mais simples de evitar todo mundo é justamente não existindo na realidade comum!
Tem sua lógica, não?
Então eu resolvi que valia a pena testar a tal "formula do portal do guarda-roupa".

Primeiro eu arrumei meu guarda-roupas. Normalmente ele é bem bagunçado.
Liberei espaço... Muito importante isso...
Peguei meu circulo magico e prendi na porta...
Por fim, me tranquei no quarto imaginando se a coisa toda falha. Além de receber parabenizações de toda a minha familia, eu ainda seria encontrado dentro do guarda-roupa!
Um pouco ridiculo... talvez até pra mim...
De qualquer forma, uma vez que tudo estava pronto, lá fui eu... Sentindo como se estivesse entrando na cabine de uma nave espacial... E me perguntando a quanto tempo eu não entrava no meu próprio guarda-roupas... O_o
...E uma vez lá dentro eu percebi que quando criança os guarda-roupas pareciam ser bem maiores...
Me acomodei como pude numa posição fetal contorcida e cuidadosamente fechei as portas...

E uma vez que eu fiz isso, o que aconteceu?!
Ficou escuro, é claro!
Bem escuro por sinal. Não via nada!
Me ajeitei melhor, evitando fazer qualquer tipo de barulho e quando me achei numa posição comoda... ou seja, uma posição fetal um pouco menos contorcida... comecei a meditar.

To lá eu, abstraindo os pensamentos absurdos que costumam passar pela cabeça de qualquer individuo dentro de um guarda-roupa... quando finalmente começo a adormecer.

Adormecer não era parte do plano... :P Não era isso que dizia o "manual".

Mas bem... enquanto eu adormecia comecei a sentir como se a placa de madeira debaixo de mim estivesse ficando cada vez mais gelatinosa e eu estivesse submergindo, como dentro de areia movediça...

Sonolento e preguiçoso demais para reagir, simplesmente me deixei levar.

Fui engolido por uma imensidão sombria e fria numa queda lenta... prolongada... eterna... até finalmente adormecer por completo.

Acordei todo "tronxo" dentro do guarda-roupas algumas horas mais tarde. Imaginando que a coisa toda tia sido só mais uma das minhas retardadisses...
Saí de lá... e saí do quarto... fui ao banheiro... tudo como de costume...

Ouvi meu irmão em seu quarto... berrei um bom dia...

...Sem resposta...

Achei estranho, desci as escadas...
Dei bom dia pra minha mãe e...

Whatafuckahell... sem resposta tambem!

Pronto! Bastou pra eu sacar que tinha algo rolando.
Minha casa estava perfeitamente normal, mas no momento em que eu saí na rua nada era como antes...

Uma porção de caminhos absurdos se abriram diante de mim enquanto uma série de imagens congeladas em bolhas de sabão flutuavam num fluxo inconstante de tempo liquido...
Animas de todas as espécies, criaturas estranhas e outras psicoformas abstratas transitavem em meio ao infinito diante de mim...
...Haviam até quadrados e triangulos vivos...

Não fiquei muito surpreso, na verdade. Achava simplesmente que estava sonhando e decidi passear um pouco pra ver como era tudo aquilo...

Me distanciei pouco a pouco de casa... e ela por si só se afastou de mim, voando no sentido contrário...
Muito divertido e interessante.

Eu atravessei um bosque de amoreiras com amoras coloridas e brilhantes.
Havia uma porção de cachorros levando seus donos pra passear...
E eles conversavam entre si... em latim, é claro.

Depois que saí do bosque entre numa larga rua que simplesmente surgiu a minha frente. As casas eram meio molengas e contorcidas... e eu senti que até eu fiquei meio contorcido ao atravessar aquele lugar.

Rolava uma foto, teria sido legal...

Adentrei um beco que se transformou em uma mini-passagem submersa de aquário...
Peixes gigantes nadavam ao redor... além das paredes de vidro... em um oceano infinito.
Pareciam curiosos a respeito de como era possível viver com tão pouco espaço.
E por um momento eu até fiquei considerando isso... já que na realidade comum, 3/4 do planeta é dos peixes...

Depois desse pequeno passeio eu finalmente comecei a "me achar"... intuitivamente...
Comecei a chegar em lugares que me pareciam mais familiares e ao adentrar uma estranha estrutura capturei um cristal vivo e cantante que imediatamente se fracionou em minha mão em 20 irritantes fragmentos que não paravam de fazer acapelas de todas as espécies... -_-;

Usei parte da desgraça como se fosse dinheiro para pagar um senhor que, em sua carroagem bem esquisita, puxada por 12 cavalos psicologos, me prometeu levar a um lugar bem interessante.

O que é um peido pra quem tá cagado?

O caminho foi longo e de dentro da carroagem, que por sinal tinha um perfume agradavel de mostarda e capim, eu pude ver aquela imensidão de horizontes mutantes...
Fique curioso com o mudar da paisagem, até mesmo pq não parecia que nos moviamos e sim que as coisas ao redor iam simplesmente se transformando.

Por fim chegamos a um enorme cogumelo.

Quando digo enorme, é por que realmente era enorme!
Havia uma porta e um segurança que a principio pareceu não ter ido muito com a minha cara.
Ele parecia um agente do MIB...
Me encarou de cima a baixo... levantou a sombrancelha esquerda e depois num largo sorriso me deixou entrar.
Mas ao mesmo tempo que atravessei a porta saí num calçadão opaco do outro lado...

Quando virei pra trás não havia cogumelo nenhum, só o mesmo calçadão até o perder de vista.

Resolvi seguir por ali e parei para comer um churros que uma garota de quatro braços e duas cabeças vendia.

Enquanto ela preparava o churros e o cobria de pedaços de amendoim com dois braços e uma cabeça... a outra cabeça usava os outro dois braços para folhear uma revista de carros importados.

Peguei o churros e aproveitei pra me livrar de mais algumas daquelas tranqueiras cantantes.

Segui caminho até chegar em uma danceteria extremamente incomum.
Havia musiga, luzes, pista de dança, mas ninguem mais além de mim.

Como a musica era muito boa e lugar agradavel, resolvi passar lá um tempo.

Dancei quase tudo, mas nem cheguei perto de descobrir de onde vinha a musica. Acho que era da luz...

Fiquei lá até cansar e me sentir faminto... E então, assim que saí, como se tivesse lido os meus pensamentos, uma senhora bem gordinha e faladeira surgiu vendendo uma coisa muito estranha que se contorcia entre duas fatias de pães.
Olhei para aquilo com uma certa duvida... mas pra quem não ligaria de comer cachorro, o que é uma coisa estranha se contorcendo entre pães?

Estava delicioso... mas durante todo o tempo em que comi ela não parou de falar.
Pelo menos adorou os fragmentos cantarolantes.

...esse fragmentos pareciam agradar a todos na mesma proporção que me irritavam...

Quanto mais eu seguia por essas perdições alucinadas, mais sentia como se estivesse lembrando de algo...

Dei continuidade a minha jornada e fui parar num enorme jardim.
Haviam plantas e arvores de todas as espécies.
A vista do monte mais alto era fantastica! Deslumbrante!
Confesso que fiquei encantado com o lugar.
Não era o unico ali, haviam outras... coisas vivas(?)
...Mas não falei com nenhuma delas...
Ao invez disso decidi simplesmente aproveitar aquele lugar como podia.
Corri, pulei, treinei chutes... nussa, me acabei.

Só saí de lá quando percebi que estava escurecendo e então tomei um novo rumo... Guiado por duas minhocas albinas de estatura média que conversavam em alemão...

De longe, seguindo, eu não entendia nada do que elas falavam...
...Bom, não entenderia nem se fosse de perto. Eu não falo alemão...
Mas elas pareciam muito legais.

Quando dei por mim estava em um enorme mercadão!
E para minha surpresa fui reconhecido.

Uma senhora de comportamento calmo junto de sua serviçal estavam buscando o tecido perfeito para fazer uma capa magica.
Ela me reconheceu enquanto eu passava e me perguntou o que fazia ali.
Disse que estava fugindo e por um momento ela pareceu preocupada e curiosa, então continuei dizendo que não era nada grave, mas que não poderia contar o motivo por que senão não faria nenhum sentido ter me esforçado tanto pra escapar.

Ela não pareceu compreender, mas tambem pareceu não ligar.
Conversamos apenas mais um pouco e eu escapei novamente...

Dessa vez eu escolhi o lugar para onde queria ir baseado numa estranha recordação.

Adentrei um labirinto confuso, repleto de passagens, becos e afins...
Estava compenetrado naquela imensidão de caminhos que pareciam mudar.
Mesmo a minha visão parecia estar alterada ali.
Estava escuro, mas além disso era como se uma nevoa invisivel impregnasse nos olhos e não deixasse ver com clareza, confundindo e atordoando.

Foi com um certo esforço que consegui chegar ao centro!

Percebi então que o meu motivo de estar ali era por que desejava caçar dragões!

A todo momento sentia como se estivesse sendo observado e parecia algumas formas se moviam por entre as sombras e passagens. Cada curva gerava uma tensão no meu corpo... um certo medo ansioso, muito agradavel por sinal.

Nada de interessante no centro... mas já que estava me arriscando, decidi ir até o grande altar que eu tinha certeza que se encontrava ali!

O labirinto, de alguma forma decifrado em minha mente, parecia menos confuso...

Passei pouco tempo esperando no altar, aguardando para ver se encontrava algo enquanto mentalmente clamava... invocava o grande dragão vermelho...

...Mas ele não apareceu...
Então resolvi ir embora...

Voltei para o centro do labirinto onde facilmente peguei um trem...

Mal havia me acomodado no vagão quando de repente ele parou.

Em cima dos trilhos, completamente adormecido, estava um grande elemental do vento e dos relampagos.
Eu o reconheci de imediato.
O maquinista desceu e se esforço ao maximo para mover o elemental que não acordava de forma alguma! E só depois de um bom tempo conseguimos seguir viagem.

Desci do trem em uma estação que dava de frente a um beco escuro...
Segui por esse beco até parar diante de uma enorme e encantadora biblioteca.

Não pensei duas vezes antes de entrar.
Estantes e mais estantes repletas de livros de todas as espécies.
Alguns eram até mesmo bem vivos.

Haviam salas enigmaticas e criaturas voando de um lado pra outro retirando compendios e recolocando-os em outros lugares.

Peguei um livro roxo com uma enorme maçã desenhada em ouro puro na capa e comecei a ler.

A história era muito boa...

Na verdade, eu praticamente nem precisava ler...

O livro ia contando pra mim a história na minha cabeça enquanto as paginas em branco iam mostrando alguns desenhos que vez ou outra se moviam.
Apenas algumas poucas paginas eu precisava decifrar por conta própria.

Algumas horas se passaram naquele lugar e eu percebi que havia muito mais a ser contado pelo livro do que eu dispunha de tempo para ouvir... então o fechei, com um certo peso no coração, e dei continuidade a minha jornada.

Cheguei a conclusão de que já estava tarde. Eu precisava voltar pra casa...

Contei a minha situação a bibliotecaria... uma bela almofada branca, cheia de babados prateada... muito simpatica e confortavel.
Ela disse que não fazia idéia de como eu poderia voltar para a realidade comum. Mas me instruiu a procurar o Oraculo Gemeo.

Me deu instruções precisas de como eu chegaria ao Oraculo Gemeo, mas me avisou para ter cuidado...

"Os oraculos só dizem a verdade... a verdade dói... e a vezes mata..."

Me desejou boa sorte e que eu fosse forte o suficiente pra aguentar a verdade. E lá fui eu novamente...

Segui por uma trilha confusa...
Confusa pq era de ponta cabeça...
Depois passei por dois rios parados...
Segui por uma variação enorme de possiveis destinos até chegar no tal do Oráculo Gemeo... que nada mais era do que dois dedões...

Sim... uma estatua sorridente de um tio fazendo joinha com ambas as mãos...
...e seus dedões eram vivos, alegres e falantes...

Todo aquele drama de verdade doer e tal acabou sendo pura balela e os dedões falaram que a coisa era bem simples...

"Siga o caminho que as estrela cadente fazem para voltar pro céu..."

Perguntei "Só isso?"

"Sim... e se voltar aqui, traga uma pizza..."

Nada mais simples que isso...
Assim que encontrei uma estrela cadente perguntei pra ela qual era o caminho que ela teria que fazer pra voltar pro céu... e lá fui eu... seguindo a estrela...
Mais e mais estrela foram se juntando...

Quando dei por mim eu tava no meio de um rio de estrelas...

Muito bonito por sinal...

Atravessavamos um deserto e logo começamos a subir uma enorme montanha...

Exaustivo... era ingrime... mas muito divertido.

A maioria das estrelas são criaturas empolgadas e brincalhonas que adoram contar piadas...
...mas algumas dessas piadas conseguem ser piores que as minhas...
Ainda assim elas riem.

No topo da montanha havia uma providencial escada rolante turbinada.
Era só subir na budega e ela imediatamente te arremessava pra cima numa velocidade incrivel...
Como era o que as estrelas faziam... e os joinhas haviam dito que era isso que eu devia fazer... lá fui eu...

Melhor que muitos brinquedos de parques de diversão... hopi hari que nada...
Fui lançado tão alto que quase me caguei de medo quando vi tudo abaixo de mim ficando pequeno...
E não parava de subir... tudo foi ficando cada vez mais escuro... e mais escuro...
De repente eu tava no espaço!
E quando achei que ia ficar lá... flutuando pro resto da minha eternidade... comecei a cair numa velocidade tão incrivel quanto subi!

Foi desesperador por alguns momentos, mas tão logo eu vi um caminho se formando na direção em que eu estava indo... ou seja, pra baixo como uma enorme ladeira... fiquei mais calmo...

Me imaginei sendo o Sonic...
Sim, o porco espinho do jogo...

Comecei a correr ainda no ar para não tropeçar quando meus pés encontrassem o solo. E quando isso aconteceu eu estava tão rapido que parecia que saia fogo do meu tenis!

Corri num mergulho cabuloso em meio a uma escuridão profunda e senti como se atravessasse uma... gelatina?

Era algo esquisito que deixou tudo em camera lenta por um instante, mas na ocasião seguinte estava tudo rapido novamente e eu corria bem rapido descendo uma ladeira aqui perto de casa.

Quando parei, atordoado e até um pouco cansado, vi um guarda noturno pra quem perguntei as horas.

"11:30" - ele me disse...

Ainda tinha tempo...

Fui até uma praça e recapitulei tudo o que contei aqui... na verdade eu ainda omiti alguns detalhes pra não deixar a coisa toda muito enrolada.
Quando finalmente terminei de lembrar tudo, um gato preto pulou sobre a mesa de pedra adornada com azulejos que formavam um tabuleiro de xadrez em seu tampo.
Ele parou bem no centro do tabuleiro e me encarou nos olhos.
Eu poderia jurar que ele sorriu pra mim como quem diz "Eu sei o que você fez no verão passado"...

De uma forma ou de outra, encarei isso como um sinal de que já podia voltar pra casa...

E cá estou!

Cheguei faminto, cansado e encontrei um ótimo presente sobre minha cama!

Foi assim que no decorrer de 24 horas eu evitei todas aquelas congratulações cabulosas de aniversário!

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

ÔOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO... (tem coisas que me amolecem nesse mundo)


Hahaaaa quadriculada
marrom amarelo terra pontilhada
de ar e de nada
pescoço em cima das folhas
pra beber água pobre martirizada
olha o tamanho da dona girafa
mas ela é sincera d+ escadinha pra copa das arvores
vendo u q ta vindo latrás
grande esguia girassol com sardas
q corre elegante adornando a paisagem dourada
olha é a dona GIRAFA.


http://olahelland.net/giraffes/

Dança dos Palidos




Devagar os sons vão se tornando audiveis... violino... piano... e todos os outros instrumentos...
A escuridão vai dando espaço para os tons pasteis... cores palidas que preenchem o ambiente.
Lustres enormes com seus inumeros cristais... candelabros espalhados... as gigantescas janelas com suas cortinas abertas de veludo vermelho, exibindo um céu agitado, nublado, com uma magnifica lua cheia.
Os pilares, as estatuas e o marmore do piso... as mascaras e os vestidos... a dança...
Meus olhos pairam sobre a multidão, caçando em cada olhar uma resposta.
Mas que descuido o meu... e que ousadia a sua...
Não há uma gota de realidade neste devaneio...

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Centaurina...


Mãos
Balançantes Membros
E Quadril Feito NAU
Onde me Afogo Hipnose Primal
Semeadura
Pescoço e levantada Crina

RITMO
OLHOS BRILHANTES
Balanço que me fascina
Inspiração que muitas
Violencias Inspira

Elouquencida Vingativa
Sinceridade Cruel
Clamo com laço lançado
Cavalgar Égua no Céu

Quebrador de Códigos
Leitura do Desejo
Flexas Dissimulados Sinais
Que sorrio Enquanto FLamejam
Setas sobre Meu peito

Trabalho de Eros
E Heroica Taça
Ao inferno as barreiras
ODE aos deuses da caça
CERNUNOS e Orion
Dopados de erotica Artemisia

Fixo Concentrico
Olhar Cerrado
Calculo Beleza Fisica
Muscular Flexionado
Momento exato
velocidade do abate Presa
Deusa Mulher e Menina
Roubei-te o Furor e o Intento
Num bote feito Esgrima

E sabes que perdeu tudo
Por ser
Audaciosa e valente
E sem Nem um PUDOR
Terminar NUA por...
Por-se Em Minha FRENTE!



...................
(FCTQQ!!!)

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Gatilho!


toda deusa
com gosto de selvageria amoral
milhares de pedaços de afrodite lançados pelo espaço
juntados por mim
violencia e selvageria todas num ato
ditrambo hino unissono
animal verbal e posicional
amantes no tato de uma espiral


curvada e ardente em egipcio traço
corpo arqueado nu vestida de noite
céu estrelado
cheia de ódio nos olhos e dentes
o ventre armado sutil doce oleoso envolvente
sal suor lambida esmeralda perfume
de breu fascinio petalas de lírio
topasio ruptural gemido deliro elouquente
sem nenhuma vergonha meu quente poço


chocante e selvagem fluidez canibal
astuciosa lingua tirana lasciva
logrando sentido como se mama
doçura total fiapos de manga
peristaltia com olhos virando
navegando em embriagues carnal


centenas de pontos de fuga
traçoes e atraçoes mutuas
deleite fricção tensão e furia
dezenas de centros e gravitação
crescendo girando vertendo
as seivas transpiram perfumes
extaseantes odores e libaçoes
tambores e dois coraçoes


dentro dos deuses de carne de sangue infinitesimais
escravizando milagres de genes e veias enzimas
para mente fatais
eletrico contorcer de pura tensão
em forças primais milagre e contenção
totalmente enraivescida domada femea
gritos arranham lençóis e puxoes
maçã e romã transmutada em minha alma gemea


furacão embrigada selvagem canção
um lado dela temia
bailado ritmo raiva bolero vibração e euforia
atropela os sentidos verter aquoso
chuva dançante tempestade eletrica
bailando ao lado dos deuses
do sublime gozo
Femea molhada irritada
em humilhação rebaixada

Linhagem rubra e nefasta
que me faz ajoelhado maldoso erguer levantar
fustigar profundamente o centro das vergas
ao todo meu peso lançar
locomotivo adicto no centro floral
Viciado tirano com dor deflorar
tal vasta paisagem de ornamento primal

sinaptico espiralado reptilico
linfatico basilisco animal mergulhante
serpentino rijo uno escamado lambido e brilhante
muscular encorpado artério venoso
enroscado aos pés e cabeça da amante
roubando suspiros tecnica inebriante
Feito felino nervoso


óssea ignea manifestação
laminas artes rajar-me as costas
explode em choque massivo estrangulado
consciencia e tormento magico uivo
com patas e garras e unhas a fio
em violento sussurro eu delirio
o corpo trepida uma festa
jorro de vida em ação
veneno ofidico em jatos brota


animal abatido
ela sorri unica destroçada
tendo aguentado meus calos acoites
do cão de guerra
por toda uma noite
apos furioso bailar
dançanda até derradeiro suspiro
deusificou todo meu ser
em alcovada jaula
vitorioso respiro

piscina suorenta
Onde se perdeu o sentido
a consciencia e a fala
sem ser permitido sequer
apenas um grito
por toda a noite
me manteve sem perceber
encoleirado estrangulando
enrraivescido ao saber
ao lado de ardida e reclamona
estonteante
puta selvageria
cambaleante e tonta.

Manipulou
cada parte de EU.

(LVTF!!!)

Dance with me... one more time...


- Foi você quem escolheu. E por sua escolha todos os seus caminhos passaram sempre a ser sem retorno. - disse a voz em meio a escuridão.

O sangue escorrendo pelo corpo, a respiração ofegante, a visão sem foco e os dedos cerrados no punho da espada.

- Afim de atingir a mudança que você deseja primeiro terá de enfrentar seu inconsciente... Tudo o que você nega... E tudo o que você reprime...

Silêncio.
O bater do coração ecoando no interior.

- Se você tivesse a chance de escolher entre salvar o mundo ou detruí-lo... o que escolheria? - perguntou a garota com um certo pesar.
- E que diferença isso faz agora?
- Se você escolher destruir este mundo... Eu vou te impedir.
- Mesmo? - ele retrucou com desdem.
- Não brinque com isso...


Os espelhos se encontram. Se encaram.
Desejo, raiva, dor, angustia e amor...
Um toque sutil no rosto... Tenso...
...Quente...

- Por que você não chora? Você se comporta como se não pudesse ser ferido.
- Chorar? Não, isso não é pra mim...
- Por que? Se acha melhor? Diferente?
- Sim, me acho sim... Pelo menos um pouco. Mas na verdade acredito que chorar não passe de um total desperdicio emocional.
- Você não imagina como isso me irrita.
- E você não imagina como isso me incomoda.

O vento sopra, enfim...
A noite calma exibe um céu repleto de estrelas e sem luar. As luzes dos postes contrastam com a escuridão dando um certo brilho ao piso molhado pela chuva do final da tarde.
Sonhos vagam por entre as sombras.

- O que há de errado conosco, afinal? Que escolhas foram estas que fizemos? Por que escolhemos sofrer?
- Eu não gosto de pensar nessas coisas.
- Mas acredito que...Como eu... Você pense nisso de quando em quando. Pelo menos é nisso que quero acreditar.
- Cada um acredita no que quiser, não é?
- E você poderia negar, com sinceridade, que não pensa?

Um carro passa e algumas folhas caem. Momentos inquietos de almas auto-flageladas.
O portão da casa sempre foi barulhento. Ao fundo as luzes da janela transpassam a cortina. Não é tão tarde...

- E por que temos que ser tão orgulhosos? Se eu não disser você nunca irá falar...
- Falar o que? Dizer o que?
- Não importa... Estar aqui ao seu lado, mesmo que desse jeito, já basta pra mim...
- Você se contenta com tão pouco.
- Eu simplesmente aproveito o que tenho a meu dispor. A vida é curta... Curta demais... E as vezes eu sinto como se tudo fosse se acabar em um inesperado suspiro. Não tenho nada além do agora...
- Que dramático.
- Um tanto quanto, mas em partes é real... E você sabe que é.
- Sei?
- Por que não para de se esquivar? Pelo menos uma noite... Esta noite... Dance comigo...

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Algum idiota sem sensibilidade me perguntou o que tomei!!! e dalhe xicotada nos xacota.


IO HADIT!

Veneno de cobra na cabeça.
Onde...
Se na minha cabeça habita o veneno na minha cauda que mordo com furia está o remedio.
Tomei magia.
Elixir alquimia.
Dancei com os xamãs e as estrelas.
Domei cometas e estrelas cadentes chamados corcéis de luz e de trevas.
Amarrei em orion minha besta.


Me tornei arte arteiro força furia vida violencia e coração.
Fiz magia com palavras e criei novas antigas formas de congregar com as estrelas.
Corri com mercurio acelerado.
E fiz amor com venus e lua juntas.
São minhas.
Disse na cara o que sao e o que querem.
E dei.
Ao que são o que merecem.
Uma gota em jatos de seiva em bocas das duas.
Em troca de toda riqueza.


Ludibriei em libido os sentidos da deusa.
Em troca de deitar nos dela seus seios.
Lutei ao lado de marte.
Grunhí e decaptei.
Os inimigos...
Com sorriso maroto estripo.
e estripei.
Sorri com o sol.
Feito menino brilhei.
E brilho.


Brinquei de no abismo cair.
Rodei e rodei.
Enroscado giro.
E com jupter gargalho.
E gargalhei.
Fui porteiro do céu defronte a cidade das piramides.
Destino sarcasmo.
E agora olho critico para cara do velho pai senhor das profundesas tridente.
Aqui do lado direito do trono do controle atomico saber.
E brinco.


Brinco com os espelhos do universo.
Imagens Fantasmas Ologramatico Jogo Sacana e Orgasmico.
E nao ha nada que nao seja meu ou me pertença.
Nao ha sistema.
Nao ha nada calmo ou nervoso que nao sejam celulas de mim.
Principalmente se femea for de pele morena ariana lora ou canela selvagem morena.
Européia mediterranea Cambaleada escultural cintura menina empinada.
Antilópia savana.


Gazela tigreza pantera ou dourada sorridente ou matreira.
De olhos turvos engolidores ou cristalilea iridiscente transparencia.
Curvilineas de corpo desejasosa me transformar em caça em linhagem reprodutiva.
Viro facil armadilha caçadora.
Por odor movimento ou dançantes de olhar e palavras sorrisos e jeito menina.
Tomei ARTE nas vêias
Ao assassinato me devoto.
Me devotei.
Abato e abaterei.


O rei da rima e suas bocas me tornei.
Matei de overdose um velho tolo e decrepto eu marido de uma mentira.
Eu quem se negava a brincar com sua verdadeira amiga amante e irmã.
Minha real e unica DEUSA.
Minha total natureza....
Onde toda ciente ARTE desembestada.
Sangue SUOR e açucar.
E NADA de lagrimas.
Ao som dessa melodia.
E o universo abatido e esmagado está.
E estará.
SEMPRE SELVAGEM!
Minha DEUSA sem véu
Isis em paisagem NUA.


(YA HYA CHOUHADA!!! vida longa aos guerreiros, e morte rapida aos que se negam a brincar...)

Another Dream


Sem qualquer olhar e sem qualquer palavra. A perfeição sublime na arte de ignorar, de menosprezar e fazer sofrer.
Sem me importar com nada, simplesmente preferi vagar a seu redor.
Um lugar amplo com muitas salas. Muitas pessoas...
Minha função ali, nem eu sei.
Então, em meio a total escuridão, um relampago.
A mudança brusca de comportamento gera duvidas, insegurança... Mas o efeito é certo... Previsivel... Eu caio na armadilha...
...As chances costumam ser unicas com pessoas como nós...
Aceito entrar pela porta das migalhas levando comigo minhas armas, disposto a aumentar meus ganhos assim que possivel.

Sinto o coração apertar e doer no peito. Quase não falo... Por mais que tivesse muito a dizer.

- Você não pode mentir pra mim, eu vejo através de seus olhos...
- Por que me chamou?

O silencio do orgulho... Admitir é um pecado mortal e nenhum dos dois quer pecar.

- Você sabe o motivo... no fundo você sabe.

Arrastado por um jogo de indiretas, submerso nas correntezas de um rio emocional... Me esforçando para não se levado e não me afogar... Tento resistir...
...Mas é inutil... E me culpo por isso...

O lugar é invadido por três médicos irritados e uma convulsão de acusações e força.

- O que vai fazer? - Pergunta-me um amigo surgido do nada.
- Metade de mim deseja salvar... Outra metade deseja fazer sofrer...
- Escolha dificil, não?
- Sinto que já decidi... Estou apenas satisfazendo um pouco de ambas as necessidades.

Com gritos e golpes volto para o lugar. O lider me encara com raiva, mas não se atreve a se mover. Expulso a todos com argumentos maldosos e voltamos a ficar a sós.

- Já entendi o que quer de mim. Não precisava ter se esforçado tanto, bastava pedir.
- Não. Não é isso.
- Saia pela janela, vou impedi-los.

Uma reação inesperada que me faz gelar, derreter e me deixa completamente sem saber o que fazer.

- Me encontre. Você tem de me encontrar. Na frente da casa há um pinheiro onde vou me esconder. Estarei esperando por você.

Ganho tempo enquanto uma luta estranha toma conta de meu interior.
Percebendo que foram enganados, os homens voltam e me acusam. Não importa.
Uma busca tem inicio... Muitas pessoas estão espalhadas, procurando.

Enclausurado e meditando, relembro tudo o que aconteceu até então. Passado, presente e inumeras possibilidades de futuro se misturam. As horas passam enquanto continuo a observar pela janela as pessoas que não param de procurar, gritando e olhando em todos os cantos.
Suponho que ainda há esperança e com chamas liquidas nas veias decido partir.

Minha velocidade não tem limites e correndo mais rapido do que qualquer um ou qualquer coisa, encaro a minha própria busca... Angustiado e temeroso.
Ao passar por uma certa rua sou avistado por um grupo de amigos.

- Aquele não é...? O que ele está fazendo?
- Aah! Não creio!
- Ele tambem está procurando? Então...

Do ponto mais alto do cemitério eu consigo avistar.
Nossos olhares se encontram e eu pulo em sua direção...

Voltamos a ser criança e do interior da tumba do peito de um de meus amigos três bigas partem voando... uma de ferro... uma de prata... e uma de ouro com o demonio montado em seu interior.

Eu acordo...

Endage



Na escuridão mais profunda e disforme...
Fitando o vazio que restou de histórias que nunca foram contadas... De um mundo distante, enigmatico e convidativo...
O frio parece querer rasgar a pele.

Toda vez que tento escrever sobre isso sinto como se fosse enlouquecer.

A auto-piedade leva a um ódio fraco e de gosto amargo, sem intensidade para mudar qualquer coisa, existindo ali apenas para tornar tudo pior.

E todas as memórias do nunca vivido pesam em minhas costas deixando esta realidade vulgar ainda mais feia.

...As vezes simplesmente não sei no que acreditar...

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Acredite em mim


Deitado na escuridão infinita eu vejo tudo caindo.
Fragmentos do tempo em momentos congelados... Pedaços e mais pedaços vazios... Sem qualquer significado ou importancia...
Presente passado... Futuro esquecido... Quantas memórias esquecidas, vividas e abandonadas numa jornada... Numa estrada esguia, sem margens...
Você quer acreditar no que eu quero... Eu quero saber no que acreditar...

Aquela sensação agradavel passa por mim como um fantasma...
E os astros giram ao redor... Um espetaculo de luz e cor...

Meus sonhos perdidos desaparecem no nada...
E em uma unica gota de angustia tudo se acumula...
Uma gota que nunca será chorada...

No final, o que restará?