sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Visões do outro lado


De um tom sombrio para um mais claro e então novamente sombrio...
Os dias vão passando tão rapido... Contar é um mero detalhe.
Olhos refletindo o céu de uma noite fria. As roupas balançando com o vento... E o silêncio. O calor na face e as mãos geladas... O corpo todo esperando um sinal de iniciativa.
Uma cena familiar. O coração palpita...
A mente aberta num adormecer consciente... eu vejo...
Completamente abandonadas, mas não tão sozinhas assim.
Você espera pela salvação e se perde em seu próprio labirinto de exigencias... Teme a dor que mais cedo ou mais tarde virá... E a si mesma... E o passado, imaginando se a chance já não foi perdida... Por que provavelmente já foi...
Os sentimentos não morreram. Permanecem trancados numa caixa de Pandora de onde, vez ou outra, um grito escapa dizendo exatamente o que você não quer ouvir...
...E com o peito apertado apenas tenta dormir...
E você, com suas fracas mãos, tenta segurar um ultimo fio de esperança... Desculpa-se para aliviar a dor sem nunca tratar a real doença... É cruel demais para encarar, não é? Admitir que não irá longe... Assumir o parasitismo e o masoquismo de uma existencia doente e sem propósito... Sem forças para fazer qualquer coisa por si mesma.
Apoia-se nos amigos fazendo-os de muletas para uma vida psicoemocional invalida... Que patético... Que dependencia patética... Que imagem feia...
Abandonadas, mas não tão sozinhas, enfim...
Assim algumas pessoas são.

Cidade de Anjos e Demonios


Sem parar. Um dia após o outro fazendo inumeras coisas diferentes. Como sempre... Como nunca... Eu não faço a menor idéia de como...
As coisas simplesmente vão acontecendo numa sequencia desprogramada, aleatória e continua.
O vazio nunca é preenchido e cada por do sol uma nova aventura é escrita.
Sono intercalado... A realidade esquisita faz ainda menos sentido.
Mas no final, quem se importa?
Uma série de misturas infinitas... Passado, presente e futuro... Fundidos num grande pote de sopa de letrinhas e temperada com as marcas do inesquecivel... Servida numa bandeja dourada de cruel culpa minha...
E a multidão se movendo ao redor nem sequer imagina...
Um olhar gentil e palavras amigas... As portas abertas... E uma cortina branca balançando com o vento...
Risos gentis sem qualquer preocupação...
...As coisas simplesmente são...
Inimigos de nós mesmos... Somos orgulhosos até não poder mais... Criados e cultivados nessa condição perpetuamente passageira das intensidades efemeras do momento continuo...
Meu sangue não é tão puro assim... Mas sou melhor do que imagina...
Os lábios colados numa sublime sensação de viver...
...O que poderia ser mais importante? O que poderia ser mais valioso?
A chuva tempestuosa continua a cair... Seus fantasmas me contaram segredos...
Quanto maior a furia, maior a solidão...

...E vice-versa...

Continue a afirmar para si o que diz acreditar... Até acreditar de verdade...

...Se puder...

...I'll be there...

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

sábado, 22 de agosto de 2009

Vidas desperdiçadas...



O silêncio da madrugada algumas vezes pode ser perturbador...
Os fantasmas, as vezes esquecidos na escuridão de nossa própria mente, costumam escolher a madrugada para despertar e nos assombrar...
São segredos... Desejos... Insatisfações... Verdades... Desilusões...
Os mais pecaminosos seres que habitam a existencia humana...

Lá, além dos vales e além do mar, longe de tudo isso, sob uma fragmentada escuridão, está a verdadeira razão de ser.
As notas pesadas tocadas no piano com tamanha precisão me submetem a uma profunda angustia e melancolia.
Quanto tempo mais terei de esperar?
Com saudades do nunca visto... Do nunca vivido... Eu me atrevo a imaginar como seria, ao menos uma vez... Ao menos mais uma vez... Experimentar o sabor deste doce veneno.

Nesta noite tão solitária, ainda estaria ali?
Depois de tanto tempo, depois de tantas batalhas...
Ainda estaria esperando por mim?
E se estiver esperando... ainda restaria alguma emoção?

Meu coração para por um instante.

Venha me assombrar, eu não me importo.
Entre pela janela que deixei aberta e apareça diante de mim.
Arraste-me para o inferno ou para onde quer que seja.
Simplesmente venha. Não tenho medo, nada é pior que isto.

Surja como uma aparição, como um devaneio ou como loucura.
Tome a forma que quiser, mas venha.

Faça com que este pesadelo tenha algum sentido...
...Algum propósito...
Uma razão qualquer!

Permita-me contemplar-te, minha própria perdição.
Acabe com esta tortura!
Quão longe eu precisarei chegar?

Seja contra mim ou a favor... eu não me importo...

...Mas esteja ali...
Simplesmente esteja...


Eu juro...

Forbidden


Primeiro seus olhos se cruzaram.
...Foi apenas por um instante em meio a multidão...
Como magica... Um momento tão especial e simultaneamente tão pequeno que foi esquecido até por eles mesmos...
Ele... Estranho e incomum... Atraía as pessoas com a mesma facilidade com que se mantinha afastado. E ela... Bela como uma rosa... Com seu temperamento morno capitava a atenção de forma quase humilhante.
Se havia algo em comum entre eles?
Provavelmente muito em comum... Talvez mais do que possa ser explicado em palavras...
Especiais... Diferentes... Seres proibidos...
...Intocaveis...

Mais tarde eles se conheceram...
...Se rejeitaram... E ao mesmo tempo se apaixonaram...

- Você se ama demais... Quase não sobra amor para mim...
- Não é como se eu fosse morrer por você... Mas sem você... Como viver?

Seus labios se tocaram e lagrimas escorreram... Com eles o céu chorou todas suas estrelas...
As cores do mundo tornaram-se mais palidas desde então...
Seus passos leves ficaram pesados.... Seus desejos mais queridos nunca mais foram desejados...
Todos aqueles sonhos foram lacrados...
...E deixados...

A partir de então estavam ligados...
Conectados... Unidos... Pelas tranças do destino...

E por fim, separados...
Mil promessa foram feitas... Mil juras...
Nenhuma delas nunca foi cobrada ou realizada...
Todas partidas... E nada mais foi igual...

Intocaveis...
...Proibidos...

Por fim... O orgulho...

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Experiencia: Projeção Astral


Nos ultimos tempos eu voltei a treinar Projeção Astral.
Venho repetindo o mesmo metodo que usei quando era mais novo... o motivo pelo qual parei de treinar anos atrás é o mesmo pelo qual, neste momento, não descreverei o processo utilizado... pura preguiça.
...vamos ao relatório...

Tenho percebido nestes ultimos dias um cansaço fisico maior que de costume. O sono tem vindo mais frequentemente e em diversas ocasiões do dia sinto vontade de encostar em algum canto e dormir.
Ironicamente isto não acontece na minha própria cama, sendo este o pior lugar pra adormecer.
...de certa forma acredito que isto seja até vantajoso. Permite que eu me concentre no processo com maior precisão e concentração...
Como antes, os meus sonhos parecem estar cada vez mais conscientes. Um número maior de detalhes tem ficado registrados na minha memória ao despertar, mas ainda não cheguei ao ponto que considero como adequado... uma fusão total do estado adormecido e desperto.

Meu próximo passo é controlar este cansaço e adaptar a tecnica antiga afim de aprimorar os gatilhos de relaxamento e desconexão. Para esta reprogramação farei testes com uma variação de scrying previamente adaptada por mim e para diminuir o cansaço fisico testarei uma dieta com menor intervalo entre as refeições e maior ingesta de liquidos, além de um cronograma (não muito bem disciplinado, admito) de tai chi adaptado.

No mais não tenho sentido nenhuma alteração significante no cotidiano... exceto por uma estranha mudança na minha percepção visual que ainda não consigo categorizar como ilusão gerada da mistura do cansaço e sono com a estrutura de certos ambientes ou como... outra coisa.

Fim do relatório...

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

DELIRIUM!!!



Eh claro que minha auto-confiança eh baseada em insanidade. De outra forma como eu conseguiria começar uma revolução como esta? Em minha propria mente estas informações possuem tantos parametros, tantas possibilidades. Tentar qualquer técnica de verificação da verdade seria apenas iniciar uma reação esquizofrenica. Sabe-se lá qual personalidade virá a tona. Mas não esqueçamos a ação: minha suprema promessa de mudanças. Claro que tentarao transformar minha ação em mais uma oportunidade para disseminar o medo exigindo complascencia. Entao o que deveriam se perguntar eh:
- Ateh que ponto me subestimaram?
O que nos leva a segunda pergunta; porem esta eh um conundrum:
- Seu pensamento ordenado seria capaz de reconhecer a aleatoriedade caotica que ofereço?
O homem contemporaneo em suma ainda nao percebeu como a tecnologia nos permite manipular o tempo. Nao viajar no tempo, eh claro, isso seria um exagero em nosso momento atual; mas onipresença. Estar em vários lugares ao mesmo tempo. Wifi, bluetooth, IR, radio, 3G. Onde estou neste momento alem de estar aqui? Até onde meus dedos se extendem? Em que dia estou se usei baterias cuja carga dura semanas?..
O que nos leva a terceira pergunta:
- Qual eh a revolução que ofereço?
Porem nada disso podem entender. O que torna esse interrogatório mais unilateral que o de costume. Pois estão presos, estagnados na questão mais simples. O medo os escravizando, infantilizando a um labirinto fátuo:
- Como evitar que esse algo aconteça?
No qual sugiro que iniciem um novo estudo. Uma nova area para lapidar as ações de Phobos. E assim os convido a um mundo repleto de Terrorismo Ontologico.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Pump Action Gun (na falta de algo melhor) F.MCTQQDFMGPEC!!!


Visoes Astrais Marchando
E Rindo Neuroniais SOldados
Cilicio Ardente Ciclico
Planeta Ilicito
Extra Carregado Mental Pairagem
Demente Passagem

Jogos Mentais Gargalhante Armação
Astrologia Euclydeana
Fatores Vetores Miragem
Gentil Armadilha Veneno
A Crença Do Eterno Enrredo
Vocal Artesanal Rimando
Veloz Corcel Fluindo Com Vento

Borbulhante Selvagem
Arquetipo Rente Elemento
Morcego Ou Mosca
Cavalo Ou Som
É Flexa É Intento
Astrologia Nova
Cienciencia Pra Mente

Enrredeia...

Corpo e Movimento...

Experiencia: Onipresença

Nesta madrugada, meu companheiro e co-autor deste blog, Minuteman, me propos uma espécie de desafio.
Desafio é apenas forma de falar... ao que tudo indica ele estava apenas interessado no que ia acontecer, mas de certo estava tãããão interessado que foi dormir antes da conclusão do procedimento.
E cá estou eu... escrevendo a respeito.
A proposta era simples... através de meditação (e mentalização) sobre um determinado símbolo, atingir a onipresença.
Pra ser sincero, eu não gosto muito de "simbolos comuns" e abri mão desse procedimento desde o inicio. Vou explicar o que fiz, os insights que tive e os resultados, tudo isso de forma abrangente... apenas para evitar confusões.

Passo 1: Organizei a lista do winamp com uma sequencia de musicas que considerei como adequadas para essa experiencia. Eu prefiro ouvir musicas enquanto realizo esse tipo de coisa, o silencio absoluto costuma me deixar num estado tenso de alerta.

Passo 2: Dei play na primeira musica, levantei da minha cadeira desconfortavel, fiz alguns alongamentos e um pouco de tai chi improvisado ou Tai Chi Moon Ghost (:P), que nada mais é do que uma sequencia de movimentos associados com respirações profundas, reconhecimento do próprio corpo no ambiente (mantenha os olhos fechados desde o principio) e concentração na percepção do fluxo energético interno e externo.

Passo 3: Parei de me mover, assumi uma posição de conforto e passei a me concentrar no meu próprio campo astral. Determinei o "tamanho" e "intensidade" que julguei serem ideais para formar o "circulo magico"... na verdade uma "esfera magica". Nada mais é do que uma região de "espaço delimitado" no qual o meu universo interior trabalha. Funciona não só como uma barreira, mas como uma série de outras coisas... chato demais explicar tudo aqui, então vou pular para o...

Passo 4: Projetei minha consciencia... mantive a postura de conforto e simplesmente me imaginei fora do corpo, diante de mim mesmo, me vendo. Passei a maior parte da minha concentração pra isso. A partir daqui eu já nem tava mais ouvindo a musica direito. Mantive o foco nessa projeção por algum tempo... o suficiente pra me sentir seguro de que não ia me desconcentrar com qualquer outra tranqueira.

Passo 5: Sai pra passear... primeiramente aqui pela minha própria casa. Já viram aqueles filmes em que os fantasmas se deslocam de forma estranha? Eles simplesmente pulam espaços enormes e aparecem mais a frente. Então, a sensação foi bem essa. Percebi que parte das minhas memórias influenciava no meu trajeto fazendo com que minha percepção se alterasse e eu passasse bem mais pra frente. O interesse nisso me fez desconcentrar e recomeçar do passo 3...

Passo 5: Fui pra fora de casa, bem mais acostumado com esse lance de "saltar". Dei uma volta nos lugares que costumo percorrer com frequencia. O que eu notei de diferente nisso é que nem tudo parecia que eu estava imaginando. O movimento da rua, a luminosidade, os sons... outras coisas pareciam simplesmente não existir. Fiquei curioso a respeito disso... pensei "Será que o que eu não conheço não consigo ver?". Me desconcentrei e voltei ao passo 3...

Passo 6: Resolvi visitar uns amigos. Percebi que tentar entrar direto em suas casas gerava... na falta de termo melhor vou descrever como choque mental. Me fazia desconcentrar e voltar ao passo 3. Então, depois de repetir o passo 3 em diante mais uma porção de vezes, eu resolvi "ir mais devagar"...

Passo 7: Dentro da casa haviam coisas que pareciam nubladas, outras tantas que eram perfeitamente visiveis... a garota dormindo na cama, as coisas penduradas no mural, o som dos bichos se movendo e da respiração...

Insight: Uma voz na minha cabeça falou que se eu plantasse meu simbolo em algum lugar da casa poderia voltar pra lá mais rapidamente e com isso evoluir esse processo de percepçao. Foi o que fiz... testei... e funcionou...

Conclusão: A maior parte das coisas que experimentei, muito provavelmente foram só imaginação minha... uma coletanea de memórias preenchidas com idéias... em sua maioria as sensações foram vagas...
No entanto, senti (e de certa forma até lembro) que se repetir esse proceso algumas vezes o resultado vai ser bem mais real... no que se refere a realidade comum.
Continuarei treinando, mas da próxima quero testar usar 3 corpos simultaneamente...

É isso...

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Lenda

Muito tempo atrás, antes das duas luas se transformarem em uma só, o povo de Fyeng profetizou que quando as doze estrelas do sul tivessem se apagado uma grande calamidade caíria sobre o planeta.
Eles não se preocuparam muito com isto, até mesmo por que, na mesma ocasião, uma outra profecia foi feita. Ela dizia que o povo de Fyeng desapareceria após uma grande guerra contra o "Blamaruth" (Deus Trovão). Uma guerra cruel e sangrenta da qual não haveriam sobreviventes... nem crianças... nem mulheres... e nem o mais bravo dos guerreiros.
Alguem já ouviu falar dessas tais doze estrelas do sul?
Bem, isso não é tudo...
A calamidades varreriam a face do planeta por "300 nigaos" (1 nigao equivale a um dia e uma noite, 24 horas) e seu ultimo instante seria marcado por um novo despertar do Deus Trovão.
...quem é esse tal de Deus Trovão eu não faço idéia...
Mas diferente do povo de Fyeng, os "Kasmugins" ("estrangeiro", "de fora", povo que não é de Fyeng) teriam uma chance de sobreviver.
A partir desse ponto nada mais foi profetizado. "Futuro incerto", segundo o profeta, que por sinal foi condenado a morrer frito em oleo fervente como todos os profetas de Fyeng que previam coisas ruins...
Fico curioso pra conhecer esse tal Blamaruth... deve ser um cara bem legal. XD

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Lehqual e o deserto de Azgroat

Há muito tempo que Lehqual trilhava o mesmo caminho.
De fato, tanto tempo que nem mesmo ele conseguia recordar de para onde ou de onde estava indo. Seus pés cansados simplesmente continuavam seguindo em frente, deixando suas marcas... pegadas apagadas nas dunas do deserto de Azgroat.
Ele não se lembrava, mas fora avisado sobre isso.

"Seja firme em sua decisão ou vai acabar se perdendo. Não subestime as areias do tempo! Se fraquejar, mesmo que por um instante, passado, presente e futuro vão desabar sobre sua existencia e nunca mais conseguirá voltar pra casa ou chegar a lugar algum.
Seu esforço será em vão e não conseguirá nem mesmo morrer..."

Em Azgroat é sempre dia.
O céu não tem nuvens, o sol está sempre no topo, o vento quase não sopra, o imenso horizonte está sempre mais distante do que se imagina e o som parece desaparecer poucos metros depois de surgir.

Isto não faz muita diferença, não é como se alguem fosse te escutar, de qualquer forma, mas o silencio gerado neste efeito é ainda mais enlouquecedor.

As vezes Lehqual dormia e achava que ia morrer. Então acordava de um pesadelo estranho e tinha a impressão de que havia acabado de entrar no deserto.
Levantava-se e apertava o passo, andando bem rapido numa linha reta para qualquer lado.

De vez em quando ele simplesmente se sentava no topo de uma duna e olhava ao redor.
Já não procurava mais por uma saída, nem sequer uma pista de como poderia se livrar daquele tormento. Não... ele já havia passado dessa fase, já havia desistido.
Simplesmente sentava-se ali e olhava a paisagem.
...olhava... e olhava...

E tambem haviam ocasiões em que ele achava que estava caminhando e quando se dava conta estava parado... o contrário também acontecia... e ele conversava consigo mesmo:

- Mas que lugar é esse afinal?
- Você não sabe?
- Não, não sei...
- Então como é que vou saber?

E assim era a vida de Lehqual... até o dia em que ele finalmente saiu de Azgroat...

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Laogae'danovas

A sala era enorme. Iluminada apenas por tochas e pela luz da lua que atravessava os vitrais coloridos que esboçavam estranhos e sombrios desenhos. Os carpetes pinturados exibiam um simbolo dourado. Não havia vento, mas por algum motivo eles balançavam.
As grandes pedras que formavam o chão, o teto e os pilares pareciam vibrar, ecoando um som sombrio.
Parado diante do trono estava ele. Esguio, em vestes brancas e vermelhas com o simbolo do lugar, uma espada pesada em sua bainha a esquerda do quadril e olhos tão negros que mal podiam ser vistos, exibiam somente um reflexo cruel da fraca luminosidade.
Diante de si havia um outro homem. Era alto e forte, usava roupas de couro, muito mal-tratadas. Seus braços e pernas estavam feridos e formavam pequenos filetes de sangue que escorriam até o chão. Seu cabelo loiro estava bagunçado e sujo. Parecia cansado, mas tinha a furia estampada na face. A espada em sua mão direita pendia pesada, era carregada com esforço.

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Foi um longo caminho...
Por muitas e muitas vezes eu sangrei e sofri sozinho...
E foi em vão... que muitas vezes esperei um sorriso...
...um pouco de compreensão...

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Dedo a dedo as mãos se fecharam. A pulsação vazia do coração, agora mais forte, ecoava como tambor de guerra. As paredes vibraram e trincaram, as chamas se apagaram e fragmentos começaram a despencar do teto.
Um grito poderoso como um trovão fez os vitrais se arrebentarem. Os vidros voaram para fora e iluminados pela lua se transformaram numa bela, porem mortal, chuva colorida.
A energia fluindo para fora do corpo fazia as vestes balançarem. A própria realidade parecia oscilar ao seu redor...

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Sempre deixado de lado... o mais forte...
Despedaçado, servindo apenas para liderar...
Não é estranho? Não é ironico?
Paradoxal, no minimo...

Estou cansado destes fracos...
Seres despreziveis que não sabem se culpar...

Cansado do martirio...
De me sentir traído... e sozinho...
Cansado de acordar vazio...
Com saudades do nunca visto...

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- Batalha após batalha... eu sempre venci. Superei todos os meus medos, me ergui acima de todos. Faço o que quero quando bem entendo. O que te leva a crer que pode me ferir?
- Não sou qualquer um dentre os muitos que te odeiam. Não vim aqui desperdiçar palavras. Vim para matar ou ser morto por você.
- Como muitos outros. Que troca injusta... Se me matar terá fama, glória e poder... mas eu... depois que te vencer... terei somente mais uma miseravel e patética alma em minha coleção enquanto espero o próximo idiota. Há mesmo justiça neste mundo?

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Não mais emprestarei a minha força...
Sem mais palavras de incentivo...
Que cada idiota afunde na própria lama.
No buraco de suas próprias contradições.

Não tenho mais medo de ficar sozinho
Eu simplesmente não ligo.

Eu fui rejeitado primeiro...
Diferenciado... distinguido...
Fui notado, comparado, valorizado...
E separado...

E agora, finalmente aceito isso.
Quem quiser que me siga.
Do contrário...
Que morra com o resto...

sábado, 8 de agosto de 2009

ISIS LAYLA EUTERPE VENUS EM AFRODITE TITÃNIA HERA FERA E BELA em pele e magia de de SUAVE menina...


Parte de Fada Ninfa e Terraquea Princesa
Mãos de HARPIA velocidade que desnorteia
Pernas de Meretriz Rabo De Sereia
Cintura de Bailarina
Maçãs apontadas pra Cima
Sorriso Do Fogo
Que Toca Forte em mim
Aperta
A Lamber-me As Vêias
Feito sugas orvalho do céu
Bebe Mais BEBE MAIS
Boca Sedenta Rodeada de Branco
BEBE Toda Minha Seiva
Em Engolir Sedento
Choca-se Na Tempestade De Vai e Vem em Meus Braços
Meu Sorriso De Cão e Meu Olhar De Marasmo
Plumagem De Odores Acre Opio Jogo e Coragem
Plumados Em Movimento Gata Caçadora Traiçoeira e Selvagem
Fios Dourados Trigo e raízes Em Sua Imagem
De Vergas Abertas a MIM
Lisa Pastagem
Cheeta Lebre Cegonha e Oasis
Voluptosa Cambaleante Feito Miragem
Lua Menina Bruxa e Paisagem
Amor Encanto Abertura de Céu
Lingua Lambente de Deusa
Saliva e Mel
De Rolar em Esteira crua e NUA
Noite Quente Acalanto
Se Sou Cruel
Tu és
MINHA ESTRELA DIURNA
Sem Pranto Sem Dor Minha Arpa
SOM Cheio de Encanto
em Ti Meu Arpão
Me entreguei...
A SEU ENCANTO MAR E CANÇÃO!!!
e ter em mim esses olhos
dentes e unhas
sao Toques dourados
Da Grande Fortuna
Óh alorada magia
de mais pura Sorte
Me Perdoa Sempre
Por nesse vai e vem
E Mania
A Sempre Acabar te Levando
Ao Mais Doce da MORTE.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Fragmentos de Projeção


...ou frações de desdobramento... ou qualquer outro nome que quiser dar...
Você já ouviu falar de Projeção Astral?
Aquela coisa de deixar seu corpo e ir passear por aí na forma de espirito?
Talvez tambem já tenha ouvido dizer que quando dormimos a mesma coisa acontece, gerando como resultado um sonho bem estranho?

A principio acredita-se que tais acontecimentos só ocorram em estados alterados de consciencia, sejam estes auto-induzidos ou de origem desconhecida. Mas não é bem assim...

Mesmo quando acordados e bem conscientes estamos com a cabeça repleta de pensamentos. Estes, por sua vez, carregados de nossa própria energia se manifestam no plano astral... o mesmo acontece com a nossa existencia e pequenas partes de consciencia.

Para entender a lógica disso basta você se imaginar numa praia linda e ensolarada.
Pronto... uma fração energética sua e uma pequena parcela de seu consciente foram para essa tal praia que pode ou não existir na realidade comum...
Isto é uma projeção... um desdobramento...
Com o devido treino é possível utilizar essa técnica como substituta da Projeção Astral... não costuma ser tão realista, as contradições geram duvidas, mas a partir do momento em que as informações obtidas são convertidas em intuições que se realizam... pronto, percebemos como a tecnica é eficiente.
A grande vantagem é que, dependendo do seu nivel, é possível criar inumeras projeções em diversos locais diferente e se conectar a todos eles...

Lindo... quase uma onipresença...

Mas a maioria das pessoas não utiliza este recurso conscientemente. Na verdade, a maioria nem sequer imagina que isso aconteça.
Elas se projetam em diversas situações, sejam elas reais ou imaginárias... e dependendo do envolvimento emocional, ela se mantem presas.

Imagine-se num filme de terror... agora imagine que tudo o que acontece com você nesse filme seja refletido pra sua vida...
Se você continuar alimentando essa imaginação continuará preso a ela.
Meus parabens... você acaba de criar um fragmento que te mantem ligado por tempo indeterminado a um fluxo constante de energia.

Vamos adicionar um "algo mais" nisso tudo...

Quando duas ou mais pessoas geram o "mesmo pensamento"... ou determinam uma caracteristica em comum...
Quando elas associam suas imaginações em uma determinada lógica...
Elas criam o que eu e alguns costumamos chamar de Egregora.
Isso não necessariamente precisa ser um lugar... pode ser tambem uma criatura... pode ser um objeto... pode ser qualquer coisa... um fluxo constante de energia disforme, por exemplo... uma entidade sem forma e poderosa como um deus... pode ser o raios que o parta...

Nesse exemplo vamos imaginar uma empresa com o seu egregora...
E imaginar uma pessoa que não para de pensar no serviço...
Lá está ela... uma fração dela, pelo menos, diretamente conectada a "existencia principal"... e uma via bem aberta de fluxo energetico de tudo o que o egregora representa e manifesta...

As consequencias de tudo isso são as mais variaveis...

Junte a essa bagagem de informações o principio de que o ser humano não tem passado nem futuro... vive num momento continuo... sempre presente...
A cada vez que ele lembra do passado está se projetando...
...um passado sempre recorrente é um fragmento...

O mesmo acontece com o futuro...
A imaginação associa-se com a energia da vontade e pronto...

Ha quantas coisas estamos ligados sem nos dar conta? E dessa forma, quão fragil não somos em relação a todos os que "sabem o caminho"?

(Post dedicado as minhas alunas. Façam uso da lembrança... aprender é uma ilusão)

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Assassino Da Mente!!!


Velho Da GUERRA!!!

Amo O MEDO
Inimigo Potente
Dos MAIS Primitivo
Monstro Da Trama
Dos Deuses Antigo
O Velho Selvagem
Frio Homem Livre
Torrado Sem Alma
Do Desérto Mar

MEDO E Eu
Melhores Amigos
Eu Caço Com O MEDO
Estrategista Fingido
Encaro Anciente
Suave Perigo
Onde Habita
A Morte
De Mente Oblitera
Vagando Em Seu Rêino
Q É Claro Expansivo

Monto No MEDO
Gigantesco Verme
De Fria Chama
Precioso Bebê
Cheio De Escamas
Anéis Calejados
De Árido Atrito
Eximio Corcel
De Escuro Infinito
Pesado Titã
Que Devora Intelecto
Grande Sombrio
E Querido

Adestro Meu MEDO
Prodigio Acurado
Xicotes Grilhões Ganchos
E Nós Apertados
Rolando Esfumante
Feito Gato Alegre
De Ventre Pra Cima
Caçador DE Ritmo

Encaro Meu MEDO
Delicioso Inimigo
Do Antigo Abismo
Espreita O Tambor
Explodo Em Sentido
Paisagem Da mente
Do Frio Da Morte
Suave E brilhande
De 5000 Dentes

Esfolando Os Dedos
Iguanlando-se a BESTA
Equalizo Meu Peso
Sentindo O Vento
Agarras Anéis
Equlibrio Novo
Ele Aborrecido
Eu Hospedeiro
Do Tombadilho Ferido

Subo No MEDO
Ele SEM MENTE
Fagulhas Gritantes
Adrenalina E Sangue
Com Humor Cortante
Armadilha De Tons
Vibração No Solo
Chegada A Hora
Onde Se Abraça A Morte
La vem Seu SOM

Cavalgo o MEDO
Quem Mais Perigoso
Que Fez-Lo Rolar
Com Brinquedos Simples
Fiz Uma Ferida
Diamantina Mente
De Calor No Olhoar
Conquista Esse
Fantastico
Drástico
Tórrido
Lindo
E Frigido
PAR

De
Odoroes
Sabores
Que Expandem A Mente
Esse Seu DOM
PODEROSO Amigo...
ONDE APENAS A MIM
Simbiosamente...
TENDE A FICAR!!!

Sinta MEDO...




------------------------>
YA HYA CHOUHADA!!!
(long live the fighters...)

Pê! (HEIN?)


Terrivel Como Nada
Estrela Vermelha De Dor Alada
Ritmado Veneno De furia De toque
Um Só Com Os Deuses Da Morte

Sem Fim Violenta
Sangrenta Ternura
Raio De Deus Divina Loucura
Cinco Ventos 16 Constelaçoes
A Queda Da Torre Destroça Os Grilhoes

Horus Artemis Marte Daimos E Phobos
Vingança Vendetta Violento Plano
De Sangue De Mar Afogando A Escória

Facas E Lanças Cortes E Berros
Areia Rubra Pedras Em Chamas
E Essa Furia É Só Sua Cama

Perfeitos Pedaços Analogia Rubia
Ópio Cegueira Animalesca Volúpia
Olhos Cegados Estatelados Esbúgos

Vêias e Tripas Espólios Sorrisos
De Lâmina Escamas Coagulo E Chamas
As Vidas Esccorem Em Suaves Dramas
Os Dentes Sorriso Sarcamos Largado

Opaco E Cego Ele E Sua Dama
Maquina De Matar Alada Criança
Sons De Tendões A Cortar Destroçar
Tranze Divino Dragão Borbulhante
Beleza E Sons Aos Braços Da Amante

Na Turba Do Caos Em Gritos Surruros
Dos Montes De Corpos Que Ele Amontoa
Esmagados Destroços Sem Pena Ou Pesar
Dos Vivos Ou Mortos Furar E Cortar

Nos Reinos De Força
Onde Todos São Guerra
Quê É Um Brinquedo
Para Uma Fera...


p.s.
(ninguem fala merda nessa porra nao? HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHHAHA)
seguindo a pilha do vermelho do MALUCO aí de baixo!

Vermelho...


A lua cheia no céu nublado... estranhamente meu sangue parece ferver...
É como se a noite pedisse algo... esperasse algo de mim...
...não tenho vontade de me esforçar para explicar esta sensação...

Vejos vultos... e um estranho temor acompanhando as sombras...
...como se a qualquer momento algo fosse saltar do vazio e me atacar...

Sinto um calafrio por dentro... e um prazer sadico em sentir odio sem motivo...

Meus olhos se fecham...
...e o calor começa a aumentar...

Marcas por todos os lados... um brilho intenso...

...Vermelho...

Como o sangue... como a carne... como o fogo...

Primeiro envolve meu corpo e se expande numa esfera ao meu redor...
Depois é a vez de meu quarto...
...minha casa...
E por fim, num raio de quatro quadras, tudo o que vejo e sinto é uma imensidão vermelha...

...meu oceano particular de energia acumulada...
Amplificada por anos de repressão... eras de negação emocional...
E ainda assim, apenas uma pequena fração...

Só uma parte... que reaviva a minha memória de tudo aquilo...
...todos aqueles de quem não gosto...

Que tenham bons sonhos... hehehe...

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Fim do Reino

Voltemos a Kasper'lyon...
Qual não foi a surpresa daqueles meus caros conhecidos quando finalmente me reconheceram. De pé, diante da mesa, me encaravam sem saber como reagir. Estavam mudos... estaticos...
Dos olhos de uma das garotas que reconheci lágrimas começaram a surgir.

...lágrimas...

O choro é uma arma... a primeira e unica arma que o ser humano possui quando nasce... é sua ferramenta de manipulação.
Através dela o bebe consegue sobreviver... consegue fazer com que a mãe o alimente... o troque... lhe de atenção...
...com o tempo torna-se uma via de desperidicio emocional...
Chora-se por raiva... por tristeza... por alegria...
...por tudo... por qualquer coisa...
Nada demais é feito... a pessoa simplesmente chora... e pronto...
...patetico...

Eu não disse nada. Apenas me aproximei da mesa e peguei a primeira taça cheia que vi.
Pude sentir no liquido que a preenchia um amargo sabor de fraqueza de espirito e temor... sadicamente isto me fez sorrir.
Continuei caminhando, contornando a mesa... eles se afastavam ante a minha aproximação...
Chegou a ser engraçado. Estavamos todos morto, mas era como se eles vissem uma assombração.
E provavelmente para eles era como se eu fosse mesmo...
Antes de viajar ao Quarto Portão eu me despedi pessoalmente de cada um.
...me julgavam louco...

Em seus olhos eu percebia que eles realmente não esperavam que eu fosse voltar...

Sentei no trono de marfim... terminei de beber do conteudo da taça e então a transformei em poeira entre meus dedos...
Toquei a mesa e dei a ela o mesmo destino da taça...
Pude sentir a força do medo ecoando. Por dentro eu ria de tudo aquilo... era agradavel ve-los confusos e sofrendo daquela forma...

Apenas me recostei no trono e fecheio os olhos.
Kasper'lyon desapareceu em um instante. Já que ela me pertencia e no estado em que se encontravam, não havia muito o que pudessem fazer.
Foram banidos para um lugar bem... agradavel... e espero até hoje por reencontra-los.
Com certeza será bem interessante.